O palácio do Lã (onde hoje é o edifício Tridente) foi um daqueles edifícios que melhor expressava o sincretismo arquitectónico que advém da identidade cultural e geográfica do Algarve.
A origem da fortuna dos Lã enraizava-se no negócio de importação e exportação de produtos alimentares e de primeira necessidade, especialmente de café, açúcar, cereais e leguminosas, trigo, cevada, aveia, feijão e grão, além de frutos secos, amêndoa, figo, vinhos e aguardentes. Mas foi a transformação industrial do azeite e da alfarroba que mais lucros lhes proporcionaram.
Era no Largo do Carmo, na esquina com a rua da Fonte do Bispo, que se situavam as mercearias e armazéns de venda, por grosso e a retalho, da família Lã. As indústrias, os lagares e destilarias, continuavam a ocupar os quarteirões iniciais da actual avenida 5 de Outubro. A Família Lã obteve grande notoriedade na sociedade farense, sobretudo nas décadas de trinta até sessenta do século XX, devido à projecção empresarial dos seus negócios.
Fonte: Algarve - História e Cultura
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